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Movimento Solidário completa sete anos de desenvolvimento para as comunidades

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"Nossa alimentação melhorou muito. Antes do projeto a gente tinha que comprar na cidade. Agora temos o nosso projeto, nosso açudizinho". Quem conta feliz a história é Paulo Santos de 61 anos. Morador da comunidade de Pau Alto, em Belágua no Maranhão, ele lembra, com detalhes, quando em 2019, o Movimento Solidário chegou na casa dele. Assim como Paulo, outras 553 famílias de 34 comunidades rurais foram beneficiadas do programa que, nesta quinta-feira (07), completa sete anos de presença no município de Belágua.

Com um dos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) mais baixos do país - 0,512 segundo o IBGE, Belágua foi escolhida em 2015 pelo Conselho Deliberativo Nacional (CDN) da Fenae para receber as ações do Movimento Solidário. Por lá, a cena era triste. Altas taxas de evasão escolar, baixa cobertura de domicílios com água potável e baixos índices de educação nos ensinos fundamental e médio.

A parceria do governo do estado e do município foi essencial para o desenvolvimento do Movimento Solidário em Belágua. Os projetos para promoção de segurança alimentar e inclusão produtiva foram realizados com base nos anseios das comunidades. "O Movimento Solidário sempre foi com participação coletiva em todo processo. Desde a decisão de parceria até a implantação, trabalhando para aumentar o IDH das regiões", afirmou o presidente da Fenae, Sergio Takemoto.

O novo IDH ainda não veio – aguarda o Censo do IBGE que deverá ser feito esse ano – mas são grandes as expectativas de melhora.

Após sete anos, muita coisa mudou. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) saiu de 3.6 em 2015, para 4.1 em 2019, segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), vinculado ao Ministério da Educação. No ensino médio, o índice saiu de 2.8 em 2017, para 3.1 em 2019. A evasão escolar que era de 11% em 2013 caiu para 5,9% em 2019.

Atualmente 47 projetos fazem parte do Movimento Solidário. Sucesso em todos os eventos da Fenae e das Apcef, os empregados da Caixa conhecem bem o Mel de Belágua. Produzido pelas mulheres da Comunidade de Preazinho, o mel é feito pelas abelhas nativas sem ferrão, Tiúba e Uruçu. "O Movimento Solidário fez a gente acreditar em nós e na nossa capacidade", conta Maria dos Milagres Silva Carvalho, 39 anos, uma das mulheres que trabalham com o mel na comunidade.

Além da Psicultura, como contou o Paulo, as hortas comunitárias também fazem a diferença nos povoados de Lagoas, Olho d´água, Bom Princípio, Galegas, Jabuti, Santa Maria e Mocambo 1 e 2.

As ações de saúde do programa também são partes fundamentais para o desenvolvimento das comunidades. Uma campanha emergencial, em 2020, em parceria com o governo do Estado e prefeitura viabilizou a realização de 1.200 consultas oftalmológicas e 600 exames de sangue. Durante quatro dias de mutirão, dois oftalmologistas e mais 15 pessoas envolvidas, entre auxiliares de saúde, motoristas e voluntários participaram de um esforço concentrado para atender crianças, adultos e idosos.

Em 2017, 484 pessoas receberam gratuitamente óculos de grau, por meio do Movimento Solidário. “Tinha passado por uma cirurgia da vista e o médico tinha recomendado o uso de óculos, mas não comprei por falta de condições. Agora estou muito contente, estou enxergando bem e vou voltar a ler. Sem óculos não conseguia nem fazer mais os serviços de casa", contou Alcione Rosa, 33 anos.

“Nós sempre iremos apoiar a todos que queiram levar nossa Belágua ao desenvolvimento, criando oportunidade de crescimento", ressaltou o prefeito de Belágua, Hérlon Costa.

Fonte: Fenae